O lançamento de uma música que associa o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) a comportamentos pejorativos gerou polêmica nas redes sociais e levou à retirada do conteúdo do ar. A canção, interpretada por uma cantora sertaneja, trazia versos que sugeriam comportamentos abusivos e instabilidade emocional como características inerentes a quem vive com o transtorno.
Especialistas em saúde mental criticaram a abordagem da música, alertando para o risco de reforçar estigmas e preconceitos. Segundo psiquiatras, o TPB é um transtorno complexo, que envolve instabilidade emocional, impulsividade e medo do abandono. Muitas vezes identificado na adolescência ou início da vida adulta, ele afeta cerca de 6% da população.
Para as médicas entrevistadas, é fundamental que conteúdos que tratem de transtornos mentais busquem informar e acolher, e não banalizar ou rotular. Elas alertam que o conhecimento pode ser um caminho poderoso para combater o preconceito, ampliar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento, além de acolher quem sofre. O tratamento, geralmente de longo prazo, inclui psicoterapia e, em alguns casos, o uso de medicamentos.
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Foto: iStock / Divulgação
Fonte: O Tempo
