Três pessoas são presas em BH por tortura e roubo qualificado

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nessa segunda (5) e terça-feira (6), uma operação policial que resultou na prisão de três pessoas, sendo duas mulheres, de 23 e 32 anos, e um homem, de 23. Elas foram indiciadas por tortura e roubo qualificado com emprego de grave ameaça, violência e concurso de pessoas em um crime cometido em julho do ano passado, em Belo Horizonte.

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As apurações da Polícia Civil tiveram início no dia 23 de julho de 2024, dia em que a vítima foi surpreendida em sua residência, no bairro Vila Pinho, em BH, pela suspeita de 23 anos.

Segundo levantamentos, a mando da investigada de 32 anos, a mulher de 23 teria imobilizado a vítima com um fio de extensão e, com uso de uma faca e uma tesoura, a submeteu à tortura física e psicológica. Durante a ação, o homem de 23 anos teria vigiado a casa, com intuito de impedir que o crime fosse interrompido.

O titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil Barreiro, delegado Carlos Eduardo Vaz de Oliveira, responsável pelas investigações, informou que no dia anterior ao crime, a mulher de 32 anos recebeu em sua casa a indiciada de 23, e lhe deu a chave da casa da vítima. O investigado levaria a jovem até a residência e a protegeria caso algo acontecesse. “No dia do crime, quando a vítima chegou em casa, ela foi rendida, amarrada, agredida com chutes e socos, teve o cabelo cortado rente à cabeça, a sobrancelha raspada e foi forçada a engolir diversos cigarros”, explicou o delegado.

Os atos eram filmados e compartilhados, em tempo real, com a que seria a mandante do crime, que aprovava cada ação. Além das agressões, os suspeitos subtraíram R$ 600 em espécie e o telefone celular da vítima. Segundo Oliveira, antes de ir embora, a suspeita ordenou que a vítima fizesse transferência para ela, de todo o valor que tinha na conta bancária.

“A investigada desferiu, ainda, cinco facadas na menina. A vítima só sobreviveu por um milagre”, completou a delegada Gislaine de Oliveira Rios, titular da Delegacia Regional Barreiro.

Motivação do crime

Segundo apurado, a suspeita de ser a mandante do crime, assim como a vítima, são profissionais do sexo, já tinham trabalhado juntas e mantinham convivência próxima. Levantamentos apontam que a mulher mandante do crime teria desenvolvido forte vínculo emocional e afetivo pela vítima, que resultou em ciúmes e inveja.

“A suspeita acabou se apaixonando pela vítima. A vítima não quis se envolver com ela e isso trouxe grande revolta à investigada, que quis se vingar”, declarou Carlos Eduardo.

De acordo com as investigações, ambas frequentavam o mesmo espaço religioso, local onde a suspeita de 32 anos afirmou ter recebido uma ordem de uma entidade espiritual, segundo a qual ela e a vítima deveriam se envolver em um relacionamento amoroso, e se não fosse assim, sofreriam as consequências.

Segundo a delegada Gislaine Rios, a suposta ordem espiritual, aliada à recusa da vítima em corresponder a esse desejo, e acrescido ainda de inveja, uma vez que a mulher de 25 anos possuía um maior número de clientes, teria sido a motivação para o crime.

Presa em outra cidade

Durante a operação, os investigados foram detidos em cumprimento de mandado de prisão preventiva. A suspeita de 23 anos foi localizada na cidade de Matipó, na Zona da Mata, onde se escondia para evitar o cumprimento do mandado judicial.

“A suspeita de ser a mandante e o de ser o vigia da ação criminosa, foram presos em Belo Horizonte, na segunda-feira. Já a executora, detida na manhã seguinte, em Matipó, onde tem parentes. É uma cidade pequena, com uma zona rural muito grande, e ela acreditou que conseguiria se esconder. A equipe ficou quase 24 horas em campana para prendê-la”, enfatizou a delegada. Os investigados foram encaminhados ao sistema prisional.

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