Considerada uma das mais perigosas do mundo, salta e o veneno pode causar dor intensa – e chance pequena, mais baixa do que 0,5%, mas existente de levar à morte. Essa é a aranha armadeira, que foi encontrada nessa quinta-feira (3/3) em uma brigada no alto da Serra de Santa Helena, ponto turístico em Sete Lagoas, na Região Central de Minas.
“Visita do dia na base da brigada. Caso encontre alguma não tente manusear! A aranha armadeira é uma das mais venenosas do mundo. Também é chamada de aranha de macaco e aranha de bananeira. As aranhas armadeiras pertencem ao gênero Phoneutria”, publicou, no Instagram, a APA Santa Helena.
O administrador da conta afirmou ainda que não é a primeira vez que a aranha é encontrada por lá. Por isso, reforçou que ao visitar a Serra de Santa Helena, as pessoas tenham cuidado e evitem contato com a espécie.
A Fundação Ezequiel Dias (Funed) orienta como proceder caso encontre uma aranha armadeira. “É importante acionar a equipe de Zoonoses da região, para orientação e possibilidade de captura do animal. E em caso de acidentes, procurar atendimento médico”, diz Thiago Soares, que trabalha no Aracnidário Científico da Funed.
“Em Belo Horizonte, o Hospital João XXIII é referência para atendimentos que envolvem envenenamentos por animais peçonhentos”, complementa Soares.
Aranha armadeira
Segundo o Instituto Butatan, essa espécie tem coloração marrom, com uma série de pequenos pontos mais claros no abdome. E pode medir até 17 centímetros. “A armadeira leva esse nome pelo fato de se ‘armar’ quando se sente ameaçada – isto é, ela se apoia nas pernas traseiras e ergue as dianteiras”, explica, em publicação no Twitter.
Segundo o instituto, a espécie está distribuída por todo território brasileiro, mas a maioria dos acidentes acontecem nas regiões Sul e Sudeste. Além disso, a armadeira tem hábitos noturnos e não constrói teia.
“Outra curiosidade é que seu veneno age mais rápido que o das serpentes e pode ser bem doloroso. Além disso, um homem picado pela armadeira pode ter ereção de até quatro horas ininterruptas”, informa.
A espécie pode ser vista – com toda a segurança – no museu do instituto, que fica em São Paulo (veja mais AQUI).