Com o avanço acelerado da inteligência artificial, golpistas têm se aproveitado da tecnologia para aplicar fraudes cada vez mais sofisticadas. Um dos principais métodos utilizados atualmente é a clonagem de voz em chamadas telefônicas, criando situações altamente convincentes para enganar as vítimas. O golpe, que já causou prejuízos a inúmeras pessoas, acende um alerta para o cuidado redobrado durante ligações de origem duvidosa.
De acordo com especialistas em segurança digital, uma das armadilhas mais perigosas acontece logo nos primeiros segundos da chamada. Ao perguntar algo como “Você pode me ouvir?”, o objetivo do criminoso é induzir a vítima a responder “sim”. Essa simples palavra pode ser gravada e utilizada posteriormente para autorizar serviços, movimentar contas bancárias ou confirmar operações fraudulentas em nome da vítima.
A orientação é clara: nunca forneça informações pessoais por telefone, mesmo que o contato pareça vir de uma empresa confiável ou de uma autoridade pública. É importante desligar a chamada e buscar os canais oficiais da instituição para confirmar se havia algum contato legítimo em andamento.
A ameaça é ainda mais preocupante porque a voz de pessoas próximas, como familiares, também pode ser clonada, dando origem a pedidos de ajuda falsos com aparência real. Situações de urgência simuladas têm sido usadas para provocar reações imediatas e impedir que a vítima desconfie.
“Estamos diante de um novo cenário de golpe, em que a IA se torna ferramenta de engano, facilitando fraudes que antes dependiam de abordagens mais amadoras”, afirma um especialista do setor.
Para se proteger, o ideal é desconfiar de ligações não solicitadas, evitar responder com palavras que possam ser gravadas, como “sim”, e jamais repassar códigos enviados por SMS ou aplicativos.
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Fonte: O Tempo / Observatório da Internet