O mês de maio chama atenção para o aumento expressivo das doenças inflamatórias intestinais (DIIs), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa. O número de casos mais que dobrou na última década no Brasil, especialmente em áreas urbanas. Os principais fatores associados ao crescimento são o tabagismo, a má alimentação — com destaque para o consumo de alimentos ultraprocessados — e até a melhora na higiene, que reduz a exposição a micro-organismos desde a infância.
Especialistas destacam que as DIIs são doenças crônicas, sem cura, mas com tratamento capaz de controlar os sintomas e proporcionar qualidade de vida. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações graves como fístulas e estreitamentos intestinais. Dores abdominais persistentes, diarreias prolongadas com sangue ou muco, perda de peso involuntária e anemia são sintomas de alerta.
As faixas etárias mais afetadas vão dos 15 aos 30 anos, e há indícios de um possível segundo pico em idosos. Além dos fatores genéticos, hábitos de vida não saudáveis aumentam o risco de desenvolver essas condições. A alimentação equilibrada, rica em fibras e pobre em aditivos químicos, é uma das formas de prevenção. O estresse emocional também pode funcionar como gatilho para crises, embora a doença não tenha origem psicológica.
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