Pais e responsáveis que buscaram atendimento no Hospital Infantil João Paulo II, no bairro Santa Efigênia, região Centro-Sul de Belo Horizonte, denunciaram longas horas de espera na unidade nesta segunda-feira (12). Uma usuária relatou ter chegado ao hospital com o filho às 9h e só foi atendida por volta das 17h — quase oito horas depois.
Segundo relatos, a superlotação tem gerado revolta entre os usuários. Uma servidora do hospital, que pediu anonimato, confirmou a situação e explicou que o número reduzido de profissionais agrava o problema. “Está superlotado. Temos somente um pediatra atendendo. Tem pessoas ameaçando brigar, pois a situação está muito complicada”, disse.
A crise ocorre em meio ao aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave, que tem lotado unidades de saúde em todo o Estado. O Hospital João Paulo II é referência em atendimento pediátrico de alta complexidade em Minas Gerais, recebendo pacientes de diversas regiões.
Procurada pela reportagem, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) esclareceu que o hospital tem enfrentado aumento expressivo na demanda. Em nota, informou que o pronto atendimento da unidade está realizando, em média, 190 atendimentos por dia, um crescimento de 50% em relação aos períodos fora da sazonalidade de doenças respiratórias.
A direção do Complexo Hospitalar de Urgência afirmou que, em abril, o hospital realizou 5.564 atendimentos e que todas as crianças são acolhidas conforme a classificação de risco, priorizando os casos mais graves. “As escalas da equipe multidisciplinar estão completas e foram reforçadas desde março. Não há desassistência”, concluiu o comunicado.
Foto: Reprodução de vídeo / Redes sociais
Fonte: Jornal O TEMPO – Reportagem de Vitor Fórneas
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