Nos últimos anos, os bebês reborn — bonecos hiper-realistas feitos à mão para parecerem recém-nascidos — conquistaram popularidade no Brasil. Inicialmente uma vertente artística, esses bonecos passaram a ser usados como recurso terapêutico para pessoas com Alzheimer, depressão, ansiedade e para mães enlutadas.
Porém, esse fenômeno traz preocupações jurídicas e sociais. A advogada criminalista Suéllen Paulino alerta para casos em que adultos simulam maternidade real com os bonecos, registram-nos com nomes fictícios e até buscam atendimento médico para eles em hospitais públicos, causando perplexidade em profissionais de saúde e usuários do SUS.
Além do impacto no sistema de saúde, há riscos legais relacionados a fraudes em benefícios sociais, confecção de documentos falsos e uso indevido dos recursos públicos. Legisladores já estudam projetos para restringir o atendimento a bebês reborn em unidades públicas.
O debate entre o simbólico e o patológico está aberto, com a necessidade de se entender os limites dessas práticas diante das implicações sociais e jurídicas.
Foto: Esra Bilgin/Anadolu Agency via Getty Images
Fonte: Metrópoles
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