Estudantes e especialista aprovam proibição de cursos EAD em medicina e saúde: ‘Está correto’

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Um novo marco regulatório para o ensino à distância (EAD) no Brasil passou a valer recentemente, trazendo mudanças importantes para a oferta de cursos, especialmente na área da saúde e direito. Entre as principais novidades, está a proibição expressa da oferta na modalidade EAD ou semipresencial para medicina, enfermagem, odontologia, psicologia e direito, que agora devem ser oferecidos exclusivamente na forma presencial.

Estudantes de Medicina da UFMG, como Mateus Faria Penido, de 21 anos, comemoraram a medida, ressaltando a importância da prática clínica presencial. “Apesar de algumas matérias no início da faculdade poderem ser online, no geral é uma coisa boa, porque medicina é na prática, convivendo com o paciente, tendo essa experiência”, afirmou.

João Guilherme Porto, reitor do Centro Universitário Arnaldo Jansen e especialista no tema, reforçou que a restrição para os cursos de saúde está ligada à necessidade de atividades práticas, laboratoriais e clínicas, destacando que “está correto”. Contudo, ele ponderou que a inclusão do curso de Direito na proibição parece mais resultado de um “lobby do que uma necessidade”.

O especialista também sugeriu que a medicina veterinária, por ter natureza semelhante à medicina humana, deveria seguir os mesmos critérios restritivos para o EAD. Para cursos como Engenharia, ele se mostrou favorável à restrição.

O novo marco também define três modalidades oficiais de ensino: presencial, a distância (EAD) e semipresencial, que exige atividades presenciais e síncronas online. Além disso, passou a ser obrigatório que cursos totalmente a distância incluam pelo menos 20% de atividades presenciais, exigência que entrará em vigor em até dois anos. Isso pode impactar o funcionamento de algumas instituições, que precisarão estruturar polos presenciais para atender a essa demanda.

Porto ressaltou que ainda há falta de clareza regulatória sobre a atuação dos docentes na modalidade EAD e prevê que a nova regulamentação poderá exigir a recontratação e aumento do quadro de professores nas universidades.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Fonte: Itatiaia | Reportagem de Clever Ribeiro

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