Uma decisão judicial nos Estados Unidos suspendeu temporariamente a ordem do ex-presidente Donald Trump que proibia a permanência de estudantes estrangeiros na Universidade de Harvard. A medida representa um alívio para cerca de 6.800 alunos internacionais, incluindo mais de 300 brasileiros, que agora podem seguir seus estudos em uma das instituições mais prestigiadas do mundo.
A liminar foi concedida pela juíza distrital Allison Burroughs, de Boston, após Harvard mover uma ação contra o governo norte-americano, classificando o veto como uma “retaliação inconstitucional”. A universidade afirmou que a medida violava a Primeira Emenda da Constituição dos EUA e teria um “efeito imediato e devastador” no perfil internacional da instituição.
Segundo Harvard, o veto de Trump teria sido motivado por insatisfação com a postura democrática da universidade, que abriga manifestações políticas diversas, incluindo apoio à Palestina e críticas ao governo norte-americano. A Casa Branca, por sua vez, alegou preocupação com segurança e disciplina no campus, exigindo registros e documentos de todos os estudantes internacionais.
O presidente interino de Harvard, Alan Garber, se manifestou contra o veto em uma carta aberta, chamando a medida de “ilegal” e “injustificada”. O ex-ministro da Saúde da Alemanha e ex-aluno da instituição, Karl Lauterbach, também condenou a atitude do governo, classificando-a como “suicídio da política de pesquisa”.
A decisão da Justiça não é definitiva, mas foi comemorada por estudantes e familiares ao redor do mundo. Em nota, a universidade destacou: “Sem seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard”.
📷 Fotos: Harvard University
📰 Fonte: O Tempo e The Guardian
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