O presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou estar ciente de que os caminhoneiros ficaram “chateados” com o reajuste nos preços dos combustíveis. Durante um evento em Brasília (DF) de filiação de deputados, que aconteceu nesse sábado (12), o chefe do Executivo pediu a compreensão da classe de trabalhadores.
No evento, Bolsonaro conversou com jornalistas a respeito da sansão do PLP (Projeto de Lei Complementar) 11/2020, que prevê a cobrança única do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis, incluindo os importados.
Nisso, o presidente da República disse que não conversou com os caminhoneiros a respeito dos reajustes, e declarou estar ciente de que a categoria está “chateada”. “Peço a compreensão deles. Entendo que a partir de hoje [sexta-feira] subiu, sim, R$ 0,90 o preço do diesel, mas hoje diminuiu R$ 0,60. Espero que na ponta aqui, na bomba, esse valor se faça presente”.
Bolsonaro torce para não ter greve
O presidente afirmou que está torcendo para que os caminhoneiros não façam uma greve como fizeram durante os aumentos ocorridos no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). “Tem muito caminhoneiro que… alguns falam em greve. Sei disso. Lamento. Espero que não haja”.
O chefe do Executivo pontuou que alguns trabalhadores da área pensam que entrar em greve não é o ideal. Isso porque, conforme ele justificou, com uma possível paralisação o caminhão não pode sair de casa e os motoristas ficariam impossibilitados de cumprir pagamentos, como o de combustíveis.
“Quer ver uma coisa? Você pega uma viagem daqui de Brasília a São Paulo, mais ou menos mil quilômetros. Um caminhão grande gasta, a cada dois quilômetros, um litro de diesel. Então, ele gasta quinhentos litros para ir e quinhentos para voltar. Gasta mil litros de combustível. Se o aumento foi de R$ 900, o que não é verdade, então aumentou mais R$ 900”.
‘Realmente é insuportável’
Bolsonaro acrescentou: “Realmente é insuportável isso que está acontecendo. Nós temos que ter sensibilidade”. Questionado por jornalistas se existia a possibilidade de trocar o comando da Petrobras, hoje presidida pelo general Joaquim Silva e Luna, o político afirmou: “Todo mundo pode ser trocado”.
“Ninguém falou em trocar [o presidente da Petrobras]. Você perguntou se ele pode ser trocado. Qualquer um pode ser trocado no meu governo, menos eu e o vice-presidente da República, que têm mandato”, adicionou o presidente.
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