Quase 30 milhões de pessoas estão confinadas na China nesta terça-feira (15), depois que o aumento da contaminação voltou a preocupar as autoridades. O país asiático registrou 5.280 novos casos de Covid-19 em 24 horas, no que é o maior surto da doença em dois anos. Neste cenário, várias cidades chinesas estão em lockdown. As informações são do NDTV.
De acordo com o portal, os avanços da variante ômicron são o principal responsável pela nova medida de cautela. Ao menos 13 distritos foram totalmente bloqueados e vários outros têm agora bloqueio parcial. Um dos mais afetados é Jilin, no Nordeste, com mais de 3 mil novos casos confirmados pela CNS (Comissão Nacional de Saúde) no dia de hoje.
Em Shenzhen, no Sul do país, 17,5 milhões de chineses enfrentam três dias de bloqueio. Com muitas fábricas de portas fechadas e supermercados esvaziando pelas conhecidas “estocagens”, a China precisa retomar costumes aparentemente intrínsecos ao início da pandemia de Covid, no fim de 2019.
Multinacionais interrompem operações
A economia é uma das principais impactadas pelas novas restrições que visam a conter os avanços do vírus em território chinês. De acordo com Raymond Yeung, analista do banco ANZ ouvido pelo NDTV, “a contenção parcial das províncias ricas do Sul e Leste da China é preocupante, porque representam metade do PIB e da população do país”.
Segundo um porta-voz, surtos da doença em multinacionais fizeram com que fábricas da Volkswagen em Changchun, em Jilin, fechassem as portas nessa segunda-feira (14), por ao menos três dias. Mais que isso, outras empresas automobilísticas como Toyota, e de eletrônicos, como a Foxconn, estão entre as afetadas.
Esta última, que fabrica iPhones para a Apple, interrompeu suas atividades no centro de tecnologia de Shenzhen na mesma data, dizendo que a retomada seria “avisada pelo governo local”, segundo a BBC News. O portal observa que as medidas estritas dialogam com a tentativa de manter a dinâmica “Covid-Zero” que o país vem adotando desde o início da pandemia.
Especialistas opinam sobre medida
Ainda de acordo com o portal britânico, as cidades de Langfang – que faz fronteira com Pequim – e Dongguan impuseram “bloqueios imediatos”. Em muitas regiões afetadas, as corporações foram instruídas a fechar ou fazer com que seus funcionários trabalhassem em casa. Isto é, a menos que fornecessem serviços essenciais, como alimentos, serviços públicos ou demais necessidades.
Por outro lado, analistas ouvidos pelo portal acreditam que as empresas seriam capazes de manejar o imprevisto. “Essas quarentenas aconteceram antes, e as cidades reabriram em um curto período quando o número de casos de Covid foi controlado”, pontuou o analista de investimentos Yeang Cheng Ling, do banco Singapore’s DBS.
Embora a China se empenhe em decretar quarentenas “rápidas” e a testagem em massa auxilie nesse processo, a veloz transmissibilidade da variante ômicron ameaça o sucesso dessa abordagem no contexto atual. Informações da BBC apontam que, desde o começo deste ano, o país reportou mais casos transmitidos internamente do que em todo 2021.
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