Um erro grave do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) quase levou à prisão do jornalista Leonardo Sakamoto, colunista do Portal UOL, no último sábado (7), em São Paulo. Durante uma abordagem realizada por policiais fortemente armados, Sakamoto teve seu carro parado e foi surpreendido pela informação de que havia um mandado de prisão em seu nome.
O equívoco aconteceu porque o CPF do jornalista foi inserido, indevidamente, no processo judicial que decretava a prisão de uma mulher condenada por homicídio. De acordo com a reportagem, os demais dados presentes no mandado — como foto, RG, data e local de nascimento e filiação — pertencem à mulher condenada. No entanto, o CPF que constava era o de Sakamoto.
A situação teve início no dia 3 de junho, quando a ordem de prisão foi incluída no banco de dados de mandados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O jornalista se dirigia ao trabalho, onde apresentaria o programa UOL News, quando foi abordado. Os policiais consultaram outras informações no sistema e constataram que o alvo da decisão judicial era, de fato, uma mulher. Após essa verificação, Sakamoto foi liberado.
Segundo apurado, até janeiro de 2024 o processo judicial trazia o CPF correto da mulher. O caso entrou em segredo de Justiça e, em algum momento posterior, ocorreu a troca pelo CPF do jornalista.
Sakamoto relatou ao UOL que teme ser preso novamente por conta do erro: “Estou impedido de usar o carro e andar na rua, porque corro o risco de ser preso pela PM por um crime com o qual não tenho nenhuma relação”.
A defesa do jornalista já informou que irá solicitar a correção imediata do documento no mandado de prisão e também que o erro seja comunicado a todas as forças policiais do país para evitar novos constrangimentos.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Fonte: O Tempo
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