O Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde (UBS) realizado pelo Ministério da Saúde revelou que 94,6% das unidades já possuem acesso à internet, e 97,6% utilizam prontuário eletrônico, com 77,8% dos consultórios totalmente conectados. A digitalização é reflexo de investimentos que elevaram o orçamento da atenção primária de R$ 35,3 bilhões (2022) para R$ 54,1 bilhões em 2024.
Mesmo com os avanços, 60,1% das UBS ainda precisam de reformas estruturais. O Novo PAC Saúde prevê a entrega de 135 obras até o final de 2025, além de 10 mil combos de equipamentos, fortalecendo frentes como vacinação, combate às arboviroses e telessaúde.
Entre os desafios, apenas 39% das UBS oferecem serviços de telessaúde, com 21% em teleconsultoria e 13% em teleconsulta. Uma parceria com o Ministério das Comunicações pretende conectar 1.191 UBS em áreas remotas via internet satelital.
O levantamento também revelou:
- 96,1% das UBS contam com médicos, com 25 mil profissionais do programa Mais Médicos em 4.564 municípios;
- Dentistas estão presentes em 80% das UBS, com 74,4% delas contando com equipes de saúde bucal;
- Apenas 25,3% compartilham o Prontuário Eletrônico com serviços especializados;
- 18,2% das unidades foram afetadas por desastres climáticos ou ambientais.
Com 85% das UBS abertas em todos os turnos e 91% realizando visitas domiciliares, o censo oferece um retrato fiel da estrutura da atenção primária no SUS, subsidiando investimentos mais assertivos e fortalecendo o controle social sobre a saúde pública no Brasil.