Minas Gerais lidera o ranking de saques de carga em rodovias federais do Brasil, conforme levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Entre janeiro e maio de 2025, o estado registrou 61 dos 119 casos identificados no país, o que representa 51% de todas as ocorrências nacionais nesse período.
De acordo com a PRF, o alto número de saques em Minas está ligado à extensa malha rodoviária do estado, a maior do Brasil, e ao fato de ser um importante corredor logístico que liga diversas regiões do país. Essa condição favorece o aumento do tráfego de veículos de carga e, consequentemente, de acidentes que expõem mercadorias na pista.
A rodovia BR-381, especialmente nos trechos entre Belo Horizonte e São Paulo e na região do Vale do Rio Doce, concentra a maioria das ocorrências. Os saques geralmente acontecem logo após acidentes envolvendo caminhões e, na maioria das vezes, antes da chegada das equipes da PRF. A prática costuma envolver tanto moradores das proximidades quanto motoristas que passam pelo local no momento do sinistro.
A PRF ressalta que o saque de carga é crime, mesmo que o caminhão esteja abandonado ou os produtos espalhados na pista. A ação é tipificada como furto, com pena de um a quatro anos de prisão. Se praticada por várias pessoas, pode ser considerada furto qualificado, com pena que pode chegar a até oito anos de reclusão.
As autoridades alertam para os riscos e as consequências legais dessa prática, que, além de ser criminosa, compromete a segurança nas rodovias e agrava ainda mais os prejuízos causados por acidentes.