Se você costuma balançar a perna constantemente enquanto está sentado — seja em uma reunião, no trabalho, na escola ou até no cinema — saiba que esse movimento, apesar de parecer irritante para quem está ao lado, tem explicações da psicologia e da neurociência.
A ciência aponta que esse tipo de gesto repetitivo e, muitas vezes, involuntário pode estar ligado ao estresse, à ansiedade, à sobrecarga mental ou até à busca por autoestimulação sensorial em ambientes pouco estimulantes. Conhecido como “balançar a perna” ou “chutar o ar”, o comportamento é classificado por especialistas como um tipo de nervosismo motor ou conduta estereotipada — uma forma do corpo lidar com uma mente agitada.
Estudos mostram que esse padrão de movimento está associado a altos níveis de atividade cerebral que não foram canalizados adequadamente. Em outras palavras, o cérebro tenta liberar tensão por meio de pequenos gestos corporais repetidos. É por isso que muitas pessoas mexem a perna sem perceber, especialmente em momentos de tédio ou desconforto emocional.
Contudo, nem sempre esse comportamento é inofensivo. Em alguns casos, pode indicar a presença da chamada síndrome das pernas inquietas, um distúrbio neurológico que afeta cerca de 7% da população e se intensifica durante o repouso, principalmente à noite. Também pode estar associado a transtornos de ansiedade generalizada, especialmente se vier acompanhado de outros comportamentos compulsivos, como roer unhas ou mexer em objetos constantemente.
Além disso, balançar a perna pode gerar interpretações equivocadas, como desatenção ou falta de educação, o que destaca a importância de olhar para o contexto antes de fazer julgamentos. Muitas vezes, trata-se apenas de uma tentativa inconsciente de autorregulação emocional.
Observar esse tipo de comportamento com empatia pode ser uma forma de compreender melhor o estado psicológico de alguém — inclusive o seu. Afinal, o que o corpo repete em silêncio pode estar dizendo o que a mente ainda não consegue expressar.
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Fonte: O TEMPO
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