Uma jovem de 21 anos morreu em 26 de junho, em Brasília, após ser liberada de um hospital particular mesmo apresentando sintomas compatíveis com infarto. Segundo os familiares, ela procurou atendimento com dores no peito e dormência nas pernas, mas foi diagnosticada com crise de ansiedade e medicada com analgésicos e anti-inflamatórios. Horas depois, sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu em casa.
A autópsia realizada pelo Instituto de Medicina Legal (IML) apontou que a vítima estava infartando havia três dias. A causa da morte foi tamponamento cardíaco, decorrente da ruptura de um aneurisma da artéria aorta. O laudo também indicou uma possível anomalia no átrio direito no eletrocardiograma feito no hospital.
Parentes relataram que a paciente foi tratada com desconfiança e chegou a ser considerada “mais uma jovem em busca de atestado médico”. Eles afirmam que os exames realizados já mostravam alterações cardíacas e que a equipe médica teria ignorado os sinais de gravidade.
No dia da morte, a jovem manteve a rotina habitual: trabalhou, foi à igreja e, ao retornar para casa, reclamou de dores mais intensas. Ao tentar repousar, caiu no chão e não resistiu.
O hospital declarou que seguiu todos os protocolos exigidos para o atendimento de pacientes com dor torácica e que, segundo a classificação do escore HEART, a jovem foi considerada de baixo risco, não apresentando comorbidades ou sinais clínicos que justificassem internação.
A família registrou boletim de ocorrência e pretende acionar a Justiça, alegando negligência. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
📸 Fotos: Reprodução/Metropoles
📰 Fonte: Metrópoles
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