Horário de verão pode voltar? Entenda se a medida ainda ajuda a economizar energia no Brasil

Por Dentro De Tudo:

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O horário de verão, extinto no Brasil em 2019, pode voltar ao debate. A possível recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reacendeu a discussão sobre sua eficácia diante dos atuais desafios do setor energético. Apesar de não haver sinalização oficial do governo federal, especialistas apontam que a medida pode ajudar, mas não resolve sozinha os problemas da rede elétrica.

Historicamente adotado entre novembro e fevereiro, o horário de verão adiantava o relógio em uma hora, com a intenção de economizar energia ao aproveitar mais a luz solar. A lógica era reduzir a sobrecarga no início da noite, quando coincide o acionamento da iluminação pública, banhos e outros usos domésticos.

Hoje, no entanto, o cenário mudou. O pico de consumo se deslocou para o meio da tarde, por causa do uso crescente de ar-condicionado. “O horário de verão ainda contribui, mas seu impacto não é mais tão representativo como foi no passado”, explica Walter Fróes, presidente da CMU Energia.

Mesmo assim, o final do dia ainda é um momento crítico. Um dos problemas atuais é a queda da geração de energia solar justamente nesse horário, exigindo que outras fontes, como hidrelétricas e termelétricas, assumam rapidamente a carga.

O consultor Fernando Umbria lembra que o sistema precisa equilibrar a geração com a demanda em tempo real. Como a energia solar representa cerca de 20% da matriz elétrica nacional, a redução da luz solar ao entardecer agrava o desafio.

O futuro pode estar na popularização das baterias, que ainda são caras e pouco acessíveis, mas permitiriam armazenar a energia solar gerada durante o dia para uso noturno. Enquanto isso, medidas como o horário de verão podem voltar à pauta como uma estratégia paliativa.

Embora os reservatórios das hidrelétricas não estejam em nível crítico, o período chuvoso recente foi abaixo da média, o que exige atenção redobrada do ONS para garantir o fornecimento de energia em 2026.

Foto: Cottonbro Studio/Pexels | Fonte: O Tempo Super Notícia

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