As tarifas comerciais elevadas e as restrições migratórias implementadas pelo ex-presidente Donald Trump começaram a gerar efeitos negativos na economia dos Estados Unidos. Segundo relatório divulgado nesta terça-feira (15), a inflação alcançou 2,7% em junho, puxada por aumentos nos preços de móveis, roupas e outros itens importados, reflexo direto das tarifas que chegaram a uma taxa efetiva de 20,6% — o maior nível desde 1910.
Estudos do Yale Budget Lab e dados do Wall Street Journal apontam que essas medidas já impactam o bolso dos americanos, com uma perda real estimada de US$ 2.800 por família ao ano. Além disso, o relatório aponta que a política de restrição à imigração tem limitado o crescimento do emprego em setores que dependem de mão de obra estrangeira.
O aumento do custo de insumos essenciais, como aço, alumínio e cobre — este último atingindo níveis recordes —, está pressionando os custos de construção de moradias, data centers e semicondutores. O setor de turismo, por outro lado, começa a dar sinais de retração, com queda nas tarifas aéreas e diárias de hotéis.
Apesar dos indicadores de pressão inflacionária, a perspectiva de recessão pode ser amenizada por fatores como o alto consumo de bens duráveis e o desempenho positivo dos bancos, o que poderá motivar o Federal Reserve a considerar cortes futuros nas taxas de juros.
O governo brasileiro, inicialmente disposto a recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas, recuou e pretende buscar um acordo diplomático até o fim de julho, segundo o ministro da Indústria e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Fonte: Veja | DeFato Online
Foto: Reprodução / DeFato Online
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