Você já se sentiu com o coração acelerado sem motivo aparente, dificuldade para respirar ou pensamentos que parecem não ter fim? Esses podem ser sinais de ansiedade, uma condição que, embora comum, ainda é cercada de tabus e mal-entendidos.
Os transtornos de ansiedade são os transtornos mais comuns do mundo. Estima-se que aproximadamente 9,3 % da população adulta brasileira (isso representa cerca de 18 a 19 milhões de pessoas) apresenta algum transtorno de ansiedade em 2025. Esse é um número muito alto e me gera um nível alto de preocupação. Mulheres e jovens são os grupos mais afetados: 27 % das mulheres já foram diagnosticadas, contra 14 % dos homens; entre pessoas de 16 a 34 anos, 24 % já tiveram diagnóstico ao longo da vida e entre 2022 e novembro de 2024, foram mais de 2.000 internações por ansiedade generalizada (CID F41.1) em mais de 400 hospitais do Brasil, com custo total deaproximadamente R$ 5 milhões de reais. Isso é algo muito sério!
Mas afinal, como a ansiedade se manifesta? Ela vai muito além de uma preocupação passageira. Os sintomas podem ser físicos, como palpitações, falta de ar, tremores, tensão muscular e desconforto no estômago. No corpo, a ansiedade é como um estado de alerta constante. Já no plano mental, aparecem pensamentos repetitivos, catastróficos e intrusivos, medo exagerado de que algo ruim aconteça, dificuldade de concentração, irritabilidade e sensação de que algo está sempre fora do lugar.
Por trás de tudo isso, há uma intensa atividade cerebral envolvendo diversos neurotransmissores. A serotonina, por exemplo, ajuda a regular o humor, o sono e o apetite — e seus níveis baixos estão ligados à ansiedade e à depressão. A noradrenalina está associada à resposta de “luta ou fuga”, aumentando a sensação de agitação e inquietação. O GABA, por outro lado, é um neurotransmissor inibitório que promove calma e relaxamento. Quando está em baixa, o cérebro fica em estado de hiperexcitação, dificultando o descanso mental. Também participam dessa dança química a dopamina, o glutamato e o cortisol, conhecido como o hormônio do estresse.
A boa notícia é que existem caminhos eficazes para lidar com a ansiedade. O primeiro passo é sempre procurar ajuda profissional. A psicoterapia, especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), é altamente eficaz e ajuda o indivíduo a tornar as crenças funcionais, os pensamentos mais conscientes e os comportamentos assertivos e intencionais. Em alguns casos, o tratamento pode incluir o uso de medicações, como antidepressivos do tipo ISRS, que atuam equilibrando os níveis de serotonina no cérebro. Quando bem indicados por um médico psiquiatra, esses medicamentos podem proporcionar alívio significativo dos sintomas. Para situações mais agudas, ansiolíticos podem ser usados com cautela e por tempo limitado.
Além dos tratamentos clínicos, há muito que podemos fazer no dia a dia para cuidar da saúde mental, como a prática regular de exercícios físicos, alimentação equilibrada (com alimentos ricos em triptofano, magnésio e ômega-3), uma boa rotina de sono e práticas como meditação e mindfulnessajudam a reduzir o estresse e a ansiedade. Cultivar vínculos afetivos e buscar momentos de lazer, como ter um hobby, ler um bom livro, conversar com alguém de confiança também são formas poderosas de regular o nosso sistema nervoso e recarregar a mente, expor ao sol e fazer parte de ciclos de amizade saudáveis.
Nos últimos anos, novas tecnologias também vêm ganhando espaço no tratamento da ansiedade, como a neuromodulação (estimulação cerebral não invasiva). Em resumo, ansiedade tem tratamento e quanto mais cedo se busca ajuda, melhores são os resultados.
Falar sobre o que sente com clareza e sem preconceito é o primeiro passo para que mais pessoas reconheçam os sinais e saibam que não estão sozinhas. Afinal, saúde mental é parte essencial para ter-se saúde. Conte comigo caso eu possa te ajudar, você não está sozinho (a).
Eu sou a Isis Costa, psicóloga, especializada em Neuropsicologia adulto e infantil em Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), em ABA (Análise do Comportamento Aplicada) e MBA em Gestão de Pessoas e Psicologia Organizacional e Certificação para Implementação de Normas Regulamentadores em ambientes corporativos. Realizo atendimentospsicológicos há mais de 9 anos, na modalidade online para brasileiros residentes no Brasil, EUA e Europa, e presencial no estado de São Paulo para todos os públicos, a partir de 3 anos de idade. E eu preciso confessar que os “piticos” tem meu coração, eu amo fazer o acompanhamento psicológico infantil, amo atender famílias e depois que me tornei mãe e tendo o meu filho, essa paixão só aumenta; o universo do pensamento infantil me impressiona. Além disso, sou implementadora da NR1, a partir da Avaliação de Riscos Psicossociais e análise, implemento Programa de Gerenciamento de Riscos de forma contínua e personalizada, com o objetivo de prevenir doenças e promover a saúde dos colaboradores, no ambiente corporativo. Sou apaixonada pela ciência e a forma como ofereço o meu trabalho e me empenho para que o meu paciente seja o seu próprio terapeuta, após a psicoeducação e treino cognitivo, me deixa muito feliz e com a certeza de que esse é o caminho!
