Minas Gerais registrou um índice de conciliação trabalhista de 20,78% entre janeiro e maio de 2025, abaixo da média nacional de 21,27%, segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No período, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT3) recebeu 189.354 novas ações, das quais apenas 22.577 resultaram em audiências conciliatórias.
Para Lucas Pena, CEO da Pact Insights — legaltech especializada em passivos trabalhistas — o dado revela a dificuldade de consolidar uma cultura de acordos. “Falta estratégia e visão financeira no trato com ações trabalhistas. A conciliação ainda é exceção, quando deveria ser a regra”, afirma o executivo.
Comparativo regional
Entre os tribunais da Região Sudeste:
- São Paulo (TRT15 e TRT2): 21,3% de índice de conciliação
- Rio de Janeiro (TRT1): 18,7%
- Espírito Santo (TRT17): 15,89%
Semana Nacional da Conciliação
Durante a Semana Nacional da Conciliação Trabalhista, realizada entre 26 e 30 de maio de 2025, Minas Gerais promoveu 10.841 audiências com a participação de 1.002 magistrados, atendendo 45.271 pessoas. O esforço resultou em 3.267 processos conciliados, com taxa de sucesso de 30,1%. Os acordos movimentaram mais de R$ 189 milhões, com arrecadação superior a R$ 244,2 milhões em tributos.
Cenário nacional
No Brasil, de 1.789.395 processos trabalhistas registrados entre janeiro e maio, apenas 255.396 audiências conciliatórias foram realizadas, o que corresponde a um índice nacional de 21,27%.
Lucas Pena conclui que as conciliações são estratégicas para empresas e para a Justiça: “Conciliação é sinônimo de economia, governança e sustentabilidade. É hora de trocar litígio por soluções inteligentes”.
📎 Fonte: CNJ / TRT3
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