Brasileiro de 21 anos morre na guerra da Ucrânia após ser aliciado por redes sociais; família denuncia esquema de recrutamento

Por Dentro De Tudo:

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A família de um jovem mineiro denuncia um esquema de aliciamento que estaria levando brasileiros a combater na guerra da Ucrânia, por meio de perfis nas redes sociais. Gabriel Pereira, de 21 anos, natural de Belo Horizonte, teria sido atraído por promessas de um “tour perigoso pela Europa” e acabou morrendo em uma missão de combate próximo à fronteira com a Rússia.

Segundo os familiares, Gabriel foi recrutado no início de 2025. Ele deixou o emprego de cobrador de ônibus, usou recursos próprios para viajar à Polônia e, de lá, seguiu para a Ucrânia, onde deveria, inicialmente, passar por treinamentos. No entanto, conforme relatado à família por amigos e ex-companheiros de guerra, ele foi enviado diretamente ao front de combate, sem preparo adequado.

A morte teria ocorrido em meados de julho, durante uma missão na cidade de Izium, mas a data exata ainda é incerta. O nome de Gabriel apareceu em listas divulgadas por apoiadores russos nas redes sociais, e a confirmação informal veio por meio de colegas que também atuaram como voluntários no conflito. O Itamaraty e o governo ucraniano ainda não confirmaram oficialmente a morte, o que impede o início dos trâmites legais para o translado do corpo ao Brasil.

De acordo com o irmão de Gabriel, ele teria ocultado dos familiares seu verdadeiro destino e só revelou que estava na Ucrânia semanas após desembarcar. Ainda segundo os parentes, perfis responsáveis pelo aliciamento prometiam agilidade na documentação, mas exigiam sigilo e pagamento das passagens — que custariam cerca de R$ 3 mil.

O caso acende um alerta para o recrutamento informal de jovens latino-americanos, que estariam sendo enviados a zonas de guerra com falsas promessas de estrutura e apoio. Muitos deles teriam seus passaportes retidos, dificultando o retorno ou mesmo a identificação em caso de morte.

A família pede apoio das autoridades brasileiras e responsabiliza os governos da Ucrânia e do Brasil por negligência diante da situação. Até o momento, o Itamaraty não se manifestou sobre o caso.

Fonte: g1 Minas | Reportagem de Rodrigo Salgado

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