Embora mais comum entre adultos, a unha encravada também pode afetar bebês e crianças pequenas, causando dor, inflamação e muito desconforto. O problema, quando não tratado corretamente, compromete a qualidade de vida e até o caminhar da criança, o que preocupa pais e responsáveis.
De acordo com Andrea Medeiros, coordenadora de podologia da rede All Pé Brasil, a principal causa do problema nos pequenos está relacionada ao uso de calçados, meias e macacões apertados, que provocam pequenos traumas nas unhas. Entre os sinais de alerta estão vermelhidão, inchaço, dor ao toque e, em crianças maiores, até dificuldade para andar.
“Percebendo esses sintomas, o ideal é procurar um pediatra ou dermatologista para confirmar o diagnóstico. Mas o tratamento deve envolver o acompanhamento com um podólogo, que é o profissional capacitado para atuar com segurança nesse tipo de situação”, explica Andrea.
Um erro comum de muitos pais é tentar cortar ou desencravar a unha em casa. “Isso pode agravar o quadro, provocar infecções e prolongar o sofrimento da criança”, alerta a especialista.
O tratamento feito por um podólogo envolve o corte correto da unha, aplicação de curativos especiais e, em alguns casos, a indicação de pomadas ou cremes cicatrizantes. O profissional também pode orientar sobre massagens e cuidados preventivos.
Nos casos mais graves — como os de origem congênita —, pode haver necessidade de cirurgia corretiva, sempre com orientação médica. O histórico familiar deve ser avaliado, pois há casos em que o problema é hereditário.
Durante o tratamento, é fundamental manter a higiene do local. Lavar com sabonete antisséptico, manter os pés secos e evitar traumas são cuidados essenciais para evitar infecções. Embora o desconforto seja esperado, ele não deve ser motivo para interromper o acompanhamento adequado.
Para prevenir o problema, a recomendação é simples: cortar as unhas de forma reta, sem arredondar os cantos, usar calçados confortáveis e meias que não apertem os dedinhos.
“A prevenção é sempre o melhor caminho. Com os cuidados certos, é possível evitar esse problema tão incômodo para os pequenos e angustiante para os pais”, finaliza Andrea.
Fonte: Entrevista com Andrea Medeiros, All Pé Brasil
Imagem: Freepik (ilustrativa)
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