O avanço das terapias personalizadas, aliado ao diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida, está transformando a forma como o câncer é tratado. Médicos e especialistas apontam que a doença caminha para deixar de ser encarada como uma sentença de morte e pode, em muitos casos, tornar-se uma condição crônica controlável — semelhante ao HIV ou à diabetes.
Casos como o da mineira Izabella Barroso, que recebeu o diagnóstico de câncer colorretal aos 32 anos e hoje está em remissão, evidenciam essa mudança. Após cirurgias e acompanhamento médico, Izabella não precisou de quimioterapia e segue em recuperação, com qualidade de vida e retomada da rotina. “A Izabella de antes não existe mais. Mas a de agora está viva. E cheia de planos”, diz ela.
Especialistas afirmam que essa nova perspectiva se apoia em três pilares principais: diagnóstico precoce, terapias-alvo baseadas nas mutações do tumor e mudanças no estilo de vida. Pacientes com metástases já conseguem viver por muitos anos com qualidade, o que seria impensável há poucos anos.
Entre as terapias mais recentes no Brasil estão o larotrectinibe, o pembrolizumabe e o Enhertu, voltados a tumores com características moleculares específicas. Além disso, novas abordagens como imunoterapia, terapias teranósticas e o inovador CAR-T cell mostram eficácia promissora.
Apesar do otimismo, oncologistas alertam para as desigualdades no acesso ao tratamento no Brasil. A maioria das terapias modernas ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), o que limita a cronificação da doença à rede privada. Hoje, menos de 4% do orçamento federal de saúde é destinado à oncologia.
Outro dado preocupante é o aumento de casos entre pessoas com menos de 50 anos. Segundo estudos, fatores ambientais, sedentarismo, dieta rica em ultraprocessados e poluição têm influenciado o crescimento da incidência em jovens.
Crédito da foto: Arquivo pessoal / Izabella Barroso
Fonte: g1
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