Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) estima que o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos, mesmo com isenções parciais, pode provocar perdas significativas para a economia brasileira. No curto prazo, o impacto no PIB pode chegar a R$ 25,8 bilhões. A longo prazo, a estimativa é de uma retração de R$ 110 bilhões.
Segundo a Fiemg, a medida também deve provocar queda de R$ 2,74 bilhões na renda das famílias em até dois anos e a eliminação de 146 mil postos de trabalho, formais e informais. Os setores industriais mais prejudicados são siderurgia, madeira, calçados e máquinas e equipamentos mecânicos. Na agropecuária, o destaque é para a pecuária bovina, que permanece fora da lista de isenções.
Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 40,4 bilhões para os EUA, valor equivalente a 1,8% do PIB. Metade desse montante está concentrado em combustíveis minerais, ferro, aço, máquinas e equipamentos — justamente os setores diretamente afetados pelas tarifas. Aproximadamente US$ 22 bilhões em produtos seguirão sujeitos à nova taxação, o que representa 55% das exportações brasileiras para o mercado americano. Entre os itens mais afetados estão café, carne bovina, produtos semimanufaturados de ferro e aço e bens manufaturados.
Fonte: Fiemg / Metrópoles
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