O youtuber e influenciador Felca, que soma milhões de seguidores nas redes sociais, entrou na Justiça contra 233 perfis da plataforma X (antigo Twitter) por calúnia e difamação. A ação foi movida depois que ele foi acusado falsamente de pedofilia e abuso, dois dias após publicar um vídeo de 50 minutos denunciando o também influenciador Luccas Neto por exploração de menores e alertando sobre os riscos da exposição infantil na internet.
Felca já havia vencido processos contra o TikTok e o X por remoção injustificada de perfis e publicações difamatórias. No caso contra o TikTok, a Justiça determinou a reativação imediata das contas e indenização de R$ 10 mil por danos morais. Já contra o X, obteve decisão favorável para a retirada de uma postagem específica com insinuações de consumo de pornografia infantil.
Após as denúncias, Felca relatou receber ameaças constantes, passando a circular com carro blindado e segurança em São Paulo. Ele afirmou que o trabalho de investigação para produzir o vídeo levou cerca de um ano, com apoio de uma psicóloga especialista em infância. O conteúdo viralizou, ultrapassando 100 milhões de visualizações no Instagram, e reacendeu o debate sobre “adultização” — a exploração da imagem infantil com conotação sexual em redes sociais.
A juíza Vanessa Cavalieri, da Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, alertou que a publicação de imagens de crianças na internet pode facilitar o acesso de predadores sexuais. Ela destacou que o projeto de lei 2628/2022, em tramitação na Câmara, cria regras para proteger crianças e adolescentes no ambiente digital, responsabilizando plataformas que descumprirem suas próprias políticas de idade mínima.
O Ministério Público confirmou que investiga Luccas Neto por outros casos de exploração infantil desde 2024.
Fonte: g1
Foto: Reprodução/Portal Norte
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