Vício do celular: sinais de alerta e como recuperar o controle da sua atenção

Por Dentro De Tudo:

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O uso excessivo do smartphone está transformando hábitos diários e afetando a saúde de milhões de pessoas. Segundo dados atualizados de 2025 da empresa DataReportal, o brasileiro passa em média 5 horas e 19 minutos por dia no celular, um dos maiores tempos de uso do mundo. Essa realidade revela como o aparelho se torna uma extensão do corpo, interferindo até nos primeiros minutos após o despertar, quando muitos já começam a checar notificações e vídeos antes mesmo de se levantar.

Especialistas em saúde mental digital alertam que não há um limite oficial que defina o vício, mas há sinais claros para identificar quando o uso passa a ser compulsivo. Sentir ansiedade ao ficar sem o celular, perder horas de sono navegando sem objetivo, usar o aparelho em momentos que deveriam ser dedicados a outras tarefas e o hábito de abrir aplicativos automaticamente são indicativos de dependência.

Os impactos do uso excessivo vão além da mente. Pesquisas do Ministério da Saúde mostram aumento de dores cervicais, enxaqueca e síndrome do olho seco. No campo psicológico, estudos da Organização Mundial da Saúde associam o uso prolongado a maiores índices de ansiedade, estresse e sintomas depressivos, além de prejudicar a concentração em tarefas simples. Um dos principais fatores que explicam esse vício é o chamado “ciclo da dopamina”: notificações e interações digitais liberam dopamina, neurotransmissor ligado ao prazer, criando uma busca constante por estímulos.

Para recuperar o controle, é possível adotar algumas estratégias práticas: definir horários específicos para usar redes sociais, desligar notificações desnecessárias, deixar o celular fora do quarto à noite e praticar períodos semanais de “digital detox” para focar em outras atividades. Além disso, a própria tecnologia pode ajudar, com ferramentas que monitoram o tempo de uso e bloqueiam temporariamente apps viciantes. Empresas e desenvolvedores têm sido pressionados a ajustar algoritmos para tornar plataformas menos estimulantes.

O vício do celular é especialmente preocupante entre adolescentes e jovens, cuja fase de desenvolvimento os torna mais vulneráveis. Escolas, famílias e iniciativas públicas têm buscado formas de educar sobre o uso consciente e incentivar atividades presenciais.

O celular é uma ferramenta poderosa, mas quando usado sem limites, pode causar distração e desgaste mental. Reconhecer o problema é o primeiro passo para retomar o controle da atenção e do tempo, não para eliminar o aparelho, mas para estabelecer uma relação mais saudável com ele.

Foto: Reprodução / Fonte: DataReportal

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