Um estudo recente publicado na Revista Brasileira de Psiquiatria aponta que 86% dos cuidadores de pessoas com demência no Brasil são mulheres. A explicação, segundo a geriatra Simone de Paula Pessoa Lima, está relacionada a construções culturais que associam a mulher ao cuidado doméstico e ao bem-estar da família, além de fatores econômicos, como salários mais baixos e ocupações informais.
Essa sobrecarga pode gerar impactos físicos e emocionais, como estresse crônico, privação de sono, isolamento social, depressão, dores musculoesqueléticas e comprometimento da saúde cardiovascular, caracterizando a chamada “síndrome do cuidador”.
Para minimizar esses efeitos, especialistas recomendam compartilhar responsabilidades familiares, recorrer a cuidadores formais, centros-dia e grupos de apoio, além de preservar hábitos saudáveis e reservar tempo para lazer e descanso. Negociar flexibilização de horários no trabalho e pedir ajuda também são medidas essenciais para evitar que a cuidadora adoeça no processo.
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Fonte: Itatiaia, 16/08/2025