Um delegado da Delegacia Regional de Curvelo, na Região Central de Minas Gerais, foi afastado da função de chefia após uma servidora registrar denúncias de assédio sexual, moral, perseguição e ameaças. A esposa do delegado também passou a ser investigada por ameaças à vítima. O afastamento foi publicado no Diário Oficial do estado nesta quarta-feira, mas ele permanece como delegado de carreira, sem função de liderança.
Segundo relatos da servidora, o delegado passou a criar situações de isolamento e fazer elogios à sua aparência e inteligência, chegando a abraçá-la e beijá-la à força dentro da delegacia. A situação se agravou quando a esposa do delegado enviou ameaças, incluindo uma foto com os filhos da vítima enterrados na areia. A servidora ainda sofreu assédio moral, ameaças de transferência e impedimento de exercer suas funções.
O Ministério Público solicitou medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha, reconhecendo que a violência de gênero também pode ocorrer no ambiente profissional. A Justiça determinou que o delegado e a esposa fiquem a pelo menos 200 metros da vítima e de seus filhos, sem qualquer contato.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fonte: g1 MG
