O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, preso em flagrante pelo homicídio do gari Laudemir de Souza Fernandes, prestou depoimento à Polícia Civil afirmando que não sabia que o disparo havia atingido alguém. Ele relatou acreditar que responderia apenas por porte ilegal de arma, já que o revólver era de sua esposa.
Segundo Renê, a confusão começou com outro trabalhador da coleta de lixo, quando, ao entrar por engano em um beco sem saída, se deparou com o caminhão de coleta. Por receio de circular por áreas desconhecidas, levou a arma da esposa sem que ela soubesse. Durante a discussão, a motorista do caminhão liberou a passagem para outros veículos, mas ao tentar seguir, gritou que o carro dele era largo demais. Ao perceberem que Renê estava armado, os coletores tentaram defender a motorista, e ele teria dito que daria um “tiro na cara” dela.
Renê afirmou que desceu do carro com a arma em punho, sem apontar para ninguém, e que um coletor comentou que “com arma é fácil”, ao que ele respondeu que resolveria “na mão”. Nesse momento, a arma disparou e atingiu Laudemir, que não participava da discussão. Após o disparo, o empresário voltou ao carro e seguiu sem perceber que havia ferido alguém.
Ele disse que só soube da morte de Laudemir ao sair da academia, quando foi abordado pela polícia. Durante o depoimento, afirmou estar arrependido pelo ocorrido e pelo impacto que causou à família da vítima e à sua própria família. Renê segue em prisão preventiva.
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Fonte: g1 Minas — Jô Andrade, Fernando Zuba e Carlos Eduardo Alvim