O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou neste sábado que mais de 20 milhões de brasileiros de menor renda passaram a pagar Imposto de Renda devido à não correção da tabela nos governos anteriores. Segundo Haddad, entre 2015 e 2022, período que compreendeu os mandatos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, a tabela do IR permaneceu congelada, gerando defasagem acumulada de mais de 36% e obrigando trabalhadores que não deveriam contribuir a recolher o tributo.
Durante debate sobre conjuntura política promovido pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em Brasília, Haddad destacou que a atualização da tabela isentou parte da população de menor renda e beneficiou diretamente os trabalhadores com carteira assinada, fortalecendo a renda e estimulando o consumo interno. A expectativa agora é que a isenção atinja aqueles que ganham até R$ 5 mil, contemplando cerca de 25 milhões de brasileiros, enquanto apenas 0,01% da população economicamente ativa passará a pagar mais imposto.
A Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, o requerimento de urgência para o projeto de lei que isenta do IR quem recebe até R$ 5 mil e prevê redução parcial do imposto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7,350. O texto também prevê alíquota extra progressiva de até 10% para quem recebe acima de R$ 600 mil por ano, garantindo compensação fiscal.
Durante o evento, Haddad anunciou ainda medidas para ampliar o acesso ao crédito habitacional, com foco em trabalhadores de baixa renda e classe média, utilizando recursos da poupança como fonte de financiamentos mais baratos.
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Fonte: Hoje em Dia
