Minas Gerais já contabiliza 10.850 queimadas neste ano, com média de 46 incêndios por dia, segundo dados do Corpo de Bombeiros. A maior concentração ocorreu a partir de maio, atingindo pico em julho com 3.539 ocorrências. Apesar de haver redução em relação a 2024, autoridades reforçam a necessidade de atenção contínua, especialmente em períodos de altas temperaturas e baixa umidade.
A Defesa Civil estadual emitiu alerta de “risco elevado de incêndios florestais” até domingo (24), destacando cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. As temperaturas podem alcançar 36°C, com umidade relativa do ar de apenas 12% e rajadas de vento superiores a 50 km/h. O coordenador adjunto da Defesa Civil, tenente-coronel Wenderson Duarte Marcelino, recomenda cuidados redobrados, incluindo hidratação e proteção de crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios, além da prevenção de ações que possam provocar incêndios.
No âmbito nacional, levantamento do MapBiomas Fogo indica redução de 59% na área queimada de janeiro a julho, totalizando 2,45 milhões de hectares, com o Cerrado sendo o bioma mais afetado (1,2 milhão de hectares). Segundo Vera Arruda, coordenadora técnica do MapBiomas Fogo, a redução pode estar associada à volta das chuvas, fiscalização mais intensa e uso mais cauteloso do fogo.
Para enfrentar o período crítico, o Corpo de Bombeiros intensificou treinamentos e passou a utilizar inteligência artificial no sistema ArcGIS, reunindo imagens de satélite e dados internos para mapear focos de incêndio. Mais de 300 agentes foram capacitados para atuar em Unidades de Conservação, incluindo os parques estaduais do Sumidouro, Ibitipoca, Biribiri e Rio Preto.
