Minas registra cinco mortes por atropelamento por semana, alerta especialistas

Por Dentro De Tudo:

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Até julho de 2025, pelo menos 149 pessoas morreram atropeladas em Minas Gerais, uma média de cinco óbitos por semana. Os números refletem a imprudência tanto de motoristas quanto de pedestres, destacando a necessidade de atenção redobrada no trânsito. Entre os casos mais chocantes do ano, ocorreu em 11 de maio, em Santa Luzia, na Grande BH, quando Lucilene Rodrigues, de 40 anos, e seu filho Luan Henrique, de 9, foram atropelados por um motorista sem habilitação, que havia consumido álcool pela manhã.

Belo Horizonte concentrou 29 desses óbitos, cerca de 20% do total registrado no estado. No mês anterior, uma criança de 12 anos morreu no Barreiro após um carro invadir o canteiro central e atingir o menino e outras duas pessoas, sendo que o motorista alegou mal súbito. Para Alysson Coimbra, médico e diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), muitos acidentes acontecem devido à aceleração da vida moderna, que sobrecarrega cognitivamente motoristas e pedestres. Ele destaca a distração com celulares e fones de ouvido como fatores críticos, além de apontar que medidas públicas, como ampliação de faixas, reprogramação de semáforos, iluminação adequada e redução de velocidade em áreas sensíveis, são essenciais para reduzir os atropelamentos.

Lucio Almeida, presidente da ONG Centro de Defesa das Vítimas de Trânsito, alerta que o Brasil possui um dos trânsitos mais violentos do mundo, com atropelamentos resultando principalmente da imprudência e falta de respeito à vida. Em 2024, hospitais do SUS registraram 32,8 mil internações de pedestres traumatizados, com custos de atendimento chegando a R$ 61,9 milhões.

FOTO: Maurício Vieira

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