O presidente abriu nesta terça-feira, 26 de agosto, uma reunião ministerial no Palácio do Planalto marcada por críticas ao ex-presidente dos Estados Unidos e a outros atores internacionais. Durante o encontro, transmitido à imprensa, ele e ministros usaram um boné com a frase “O Brasil é dos Brasileiros”, em resposta direta ao slogan norte-americano “Make America Great Again”.
Em seu discurso, o chefe do Executivo afirmou que o ex-presidente norte-americano age “como imperador do planeta” e que o Brasil exige respeito, não aceitando ser tratado como país subalterno em negociações comerciais. Ele ressaltou ainda que a regulação das grandes empresas de tecnologia será prioridade, informando que o governo já prepara dois projetos para o Congresso Nacional.
O presidente também criticou um deputado brasileiro que mantém atuação política nos Estados Unidos, classificando o gesto como “a maior traição à pátria da história do Brasil”. Ele pediu que os ministros defendam a soberania nacional diante de ameaças externas e lembrou que recentemente um ministro do governo teve o visto suspenso pelos Estados Unidos, o que chamou de gesto irresponsável.
O tema internacional ganhou peso na fala presidencial. Ele voltou a acusar Israel de cometer genocídio na Faixa de Gaza e afirmou acreditar que a guerra da Ucrânia caminha para o fim, destacando que o impasse atual está relacionado a quem arcará com a dívida gerada pelo conflito.
A reunião ministerial foi a segunda do ano, após a primeira em janeiro. O ministro da Casa Civil aproveitou o encontro para destacar números positivos do governo, como a queda do desemprego e o aumento de 9% na média salarial nos últimos três anos, que atingiu R$ 3.497, valor recorde em termos nominais. O encontro também ocorre em meio à recuperação da popularidade presidencial, já que pesquisas recentes apontam que a diferença entre aprovação e desaprovação vem diminuindo.
Foto: Ricardo Stuckert / PR
Fonte: O Globo