Malas e caixas de dinheiro são apreendidas em operação contra rede de cigarros ilegais em BH

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Uma megaoperação realizada nesta terça-feira (26) em Belo Horizonte desarticulou um esquema milionário de produção e venda de cigarros clandestinos. Durante as ações, a Polícia Federal encontrou malas e caixas cheias de dinheiro, que ainda estão sendo contabilizadas, mas que podem ultrapassar alguns milhões de reais.

A ação, batizada de Sinal de Fumaça II, foi resultado de uma investigação conduzida pela Receita Federal, em parceria com a PF, o Ministério Público Federal e a Secretaria da Fazenda de Minas Gerais. No total, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. Dois suspeitos foram detidos, um em Belo Horizonte e outro no Rio de Janeiro.

De acordo com a investigação, o esquema movimentou cerca de R$ 50 milhões e só funcionava graças ao envolvimento de servidores públicos que recebiam propinas para liberar autorizações fraudulentas ligadas à Casa da Moeda. Essas autorizações ilegais permitiam que empresas ligadas ao grupo criminoso produzissem cigarros sem controle fiscal.

Segundo o delegado Dalton Marinho, a rede criminosa era composta por integrantes estrategicamente posicionados, o que garantia a prática de corrupção ativa, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. “A operação consistiu, em grande parte, em autorizações fraudulentas envolvendo alguns servidores públicos da Casa da Moeda. Com base nessas informações e acesso privilegiado, foi possível obter dados e processos que contribuíram para a produção antecipada de autorizações para fabricação de cigarro”, explicou.

No total, participaram da ação 13 auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal e 69 policiais federais. As investigações continuam para identificar todos os envolvidos e o destino final dos recursos obtidos ilegalmente.

Foto: Polícia Federal

Fonte: g1 Minas

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