Um homem negro, de 29 anos, foi morto a tiros por um policial militar no último domingo (24/8), após sair de um posto de combustível no Grajaú, zona sul de São Paulo. Segundo a versão registrada em boletim de ocorrência, o motorista trafegava com os faróis do veículo apagados e teria reagido à ordem de parada da polícia.
De acordo com o documento, ao qual o Metrópoles teve acesso, a equipe da Rota relatou que o motorista, identificado como Alex dos Santos Silva, demonstrava nervosismo e não atendeu à abordagem. Os policiais afirmam que ele sacou um revólver, momento em que dispararam quatro vezes de dentro da viatura. Dois tiros atingiram Alex no tórax e no braço.
Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu antes de dar entrada no hospital.
No carro, a PM declarou ter encontrado um revólver calibre .38 com numeração raspada e uma mochila contendo porções de maconha, cuja quantidade não foi especificada.
O caso foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que deve instaurar inquérito e analisar as imagens das câmeras corporais dos policiais envolvidos.
Família contesta versão da polícia
Nas redes sociais, familiares de Alex contestaram a narrativa oficial. Eles afirmam que o jovem havia acabado de sair do trabalho e estava apenas abastecendo o carro quando foi surpreendido pela ação policial.
A família classificou a abordagem como injusta e cobra investigação rigorosa para esclarecer as circunstâncias da morte.
📷 Foto: Reprodução/Redes sociais
📌 Fonte: Metrópoles