O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que o colegiado vai entregar à Justiça uma investigação completa sobre o esquema que desviou ao menos R$ 6 bilhões de benefícios de aposentados e pensionistas.
Em entrevista exclusiva ao programa Café com Política, do canal O TEMPO no YouTube, exibida nesta quinta-feira (4), Viana defendeu a prisão preventiva dos suspeitos, bloqueio de bens e transparência no relatório final da comissão.
“Nós não podemos condenar as pessoas. Isso é do Judiciário. Mas eu posso colocar a cara de todos eles na CPMI para as pessoas saberem quem roubou. Isso nós vamos colocar no relatório para o Brasil inteiro saber e não deixar dúvidas sobre o que aconteceu”, declarou.
Avanços e investigações
Segundo o senador, a CPMI já identificou quadrilhas formadas por servidores públicos que teriam facilitado o acesso aos cadastros dos segurados. Um dos alvos é um ex-procurador do INSS suspeito de receber R$ 17 milhões do esquema.
A comissão também apura a participação de associações envolvidas em cobranças indevidas e empréstimos consignados, além de possíveis relações de parlamentares com os crimes. “Se identificado, será encaminhado ao STF ou ao Conselho de Ética”, afirmou Viana.
Possível prorrogação
A CPMI tem prazo inicial de seis meses, podendo ser prorrogada. A previsão é apresentar um relatório preliminar até dezembro, antes do recesso parlamentar. “Nosso compromisso é entregar uma peça muito bem-feita de investigação para a Justiça”, disse o presidente.
📄 Fonte: O TEMPO
📹 Foto: Reprodução/YouTube Canal O TEMPO