Polícia investiga denúncia de trabalho análogo à escravidão em fazenda de Capim Branco

Por Dentro De Tudo:

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Na tarde de sábado (13), uma operação policial foi realizada na zona rural de Capim Branco, nas proximidades do condomínio Sete Lagos, após denúncia de possível situação de trabalho análogo à escravidão em uma fazenda da região.

No local, quatro trabalhadores relataram que haviam sido contratados há cerca de dois meses, vindos do município de Januária, no Norte de Minas Gerais, com promessa de registro em carteira, moradia digna e condições adequadas de trabalho. No entanto, segundo os depoimentos, nenhuma das garantias foi cumprida.

As vítimas informaram que estavam em alojamento precário, sem camas suficientes, em ambiente insalubre, com presença de morcegos e ratos. Também relataram falta de alimentação adequada, escassez de mantimentos e ausência de água potável, o que teria causado dores abdominais e mal-estar. Além disso, afirmaram que eram proibidas de consumir o leite produzido na própria fazenda. Dois trabalhadores apresentavam queixas de saúde e precisaram de atendimento médico.

Durante a diligência, os policiais encontraram uma espingarda tipo cartucheira, enrolada em plástico e escondida atrás de um guarda-roupas, além de um cartucho calibre .28. O responsável pela contratação não foi localizado, pois não estava na propriedade e, segundo os trabalhadores, havia estado no local pela última vez quatro dias antes.

O Conselho Tutelar de Capim Branco acompanhou o caso, já que entre as vítimas estava um adolescente de 16 anos. A Secretaria Municipal de Assistência Social providenciou abrigo temporário para os trabalhadores no bairro da Prata, em Capim Branco. Posteriormente, todos foram encaminhados ao hospital municipal, atendidos pela equipe médica e liberados em seguida.

A ocorrência contou com o apoio da Patrulha Rural da cidade de Esmeraldas. A arma de fogo localizada foi apreendida e encaminhada às autoridades competentes. O caso segue sob investigação, com acompanhamento da Polícia Civil e do Ministério do Trabalho.

Fonte: Ocorrência policial / Polícia Militar de Minas Gerais

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