O uso de tornozeleiras eletrônicas como alternativa à prisão tem se expandido em Minas Gerais. Atualmente, 9.524 pessoas estão sob monitoramento no estado — um aumento de 20% em relação ao ano passado. A expectativa da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG) é que o número chegue a 12 mil até setembro de 2026.
Segundo a diretora de Gestão e Monitoramento Eletrônico, Dênia Samione, o contrato em vigor prevê até 12.933 monitorados, mas esse limite pode ser atingido antes do previsto. A maior parte das pessoas vigiadas responde por crimes como tráfico de drogas, furto, roubo e violência contra a mulher. Cerca de mil casos estão relacionados à Lei Maria da Penha.
O monitoramento é determinado pela Justiça, geralmente como medida cautelar, quando não há condenação definitiva. O sistema foi reforçado no interior do estado com a criação de subnúcleos de instalação em cidades como Guaranésia, Alfenas, Muriaé, Ubá e Divinópolis. Essas unidades são responsáveis pela instalação, manutenção e retirada dos equipamentos.
Ao todo, Minas conta com 13 Núcleos Regionais de Monitoramento Eletrônico, que realizam a fiscalização via GPS em tempo integral. Além disso, desde o início de 2025, um projeto piloto oferece acompanhamento social aos monitorados, com equipes multidisciplinares que atuam na tentativa de reduzir a reincidência criminal.
Crédito da foto: Maurício Vieira
Crédito da matéria: Bernardo Haddad | Hoje em Dia