Servidores denunciam casos de assédio e impactos na saúde mental em audiência pública da ALMG

Por Dentro De Tudo:

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Gritos, ameaças de transferências e remoções consideradas injustificadas foram relatados na tarde desta segunda-feira (15) durante audiência pública realizada pela Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O encontro teve como foco a relação entre assédio moral no ambiente de trabalho, doenças e o risco de suicídio entre servidores públicos.

Um policial penal de Juiz de Fora, com nove anos de carreira e histórico de excelentes resultados em cursos de capacitação, contou que, após perder os pais em um curto intervalo de tempo, sofreu um surto psicológico e precisou de atendimento especializado. Pouco depois, foi removido para uma cidade a cerca de 300 quilômetros de distância de sua família, sem cobertura do plano de saúde. Segundo ele, a medida teria sido aplicada como punição, assim como ocorreu com outros 19 colegas, acusados de agir em conluio por apresentarem atestados médicos de forma simultânea.

Situações semelhantes também foram narradas pela fiscal do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que relatou acusações, manipulação de informações e quebra de sigilo em seu ambiente de trabalho. A servidora registrou denúncia de assédio na Ouvidoria-Geral do Estado (OGE) e aguarda a conclusão do processo.

Já a diretora do Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado de Minas Gerais destacou que a falta de clareza das instituições sobre procedimentos internos agrava o sofrimento dos trabalhadores. Desde 2023, segundo ela, já foram recebidas 28 denúncias formais de assédio envolvendo servidores da categoria.

A audiência reforçou a importância de aprofundar o debate sobre saúde mental no serviço público e de garantir mecanismos de proteção eficazes para prevenir situações que possam levar ao adoecimento ou, em casos extremos, ao risco de suicídio.

Crédito da foto: ALMG/Divulgação

Fonte: ALMG

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