O Sistema Único de Saúde (SUS), maior rede pública de saúde do planeta, completa 35 anos em 19 de setembro de 2025, reafirmando seu papel essencial no acesso universal da população brasileira aos serviços de saúde. Criado pela Constituição de 1988 e regulamentado pela Lei nº 8.080/1990, o sistema se baseia nos princípios de universalidade, integralidade e equidade, garantindo atendimento gratuito a todos.
De acordo com o Ministério da Saúde, o SUS realiza cerca de 2,8 bilhões de atendimentos por ano e atende aproximadamente 215 milhões de pessoas. Atualmente, cerca de 70% da população brasileira depende exclusivamente da rede pública. Dos 535 mil leitos hospitalares existentes no país, 357 mil estão vinculados ao SUS, o que representa 67% da oferta nacional. Apesar da dimensão, a disponibilidade de leitos vem apresentando queda relativa nos últimos anos, pressionando o sistema diante do aumento da demanda.
Ao longo de sua trajetória, o SUS se consolidou como referência internacional em vacinação, transplantes, vigilância epidemiológica e atenção integral em diferentes fases da vida. Porém, o envelhecimento populacional, a elevação dos custos médicos e as restrições fiscais têm colocado em evidência os desafios de financiamento e gestão.
Modelos de gestão
Nesse cenário, as Organizações Sociais de Saúde (OSS) ganham espaço como alternativa para ampliar a eficiência administrativa e a oferta de serviços. São entidades privadas sem fins lucrativos que firmam contratos de gestão com o poder público, com metas de desempenho e mecanismos de fiscalização.
Entre os exemplos, está o Grupo Chavantes, que conduz cerca de 40 projetos em seis estados, atuando desde Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) até hospitais de referência em oncologia e saúde materno-infantil. A presidente da instituição, Dra. Letícia Bellotto Turim, destaca que transparência e governança são fatores centrais para garantir resultados.
“Esses princípios são fundamentais para que cada recurso investido gere impacto real para a população. Quando há clareza nas metas e responsabilidade no acompanhamento, conseguimos ampliar a eficiência das unidades de saúde e fortalecer o SUS como um todo”, afirmou.
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