Um comerciante brasileiro afirma ter sido vítima de fraude após comprar sete iPhones 16 Pro Max em Ciudad del Este, no Paraguai, e receber, em vez dos aparelhos, duas caixas com pedras e papelão. O caso ocorreu em 11 de setembro, na fronteira com Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Segundo relato da vítima, morador de Curitiba, cada celular custou R$ 6,2 mil. O transporte até o Brasil foi feito por um barqueiro, que recebeu R$ 25 por unidade. Com pressa para retornar, o comerciante entregou os dispositivos ao homem sem conferir o conteúdo do saco preto em que estavam embalados. No dia seguinte, ao abrir as caixas, descobriu que duas delas estavam recheadas com pedras e papelão, o que gerou um prejuízo de aproximadamente R$ 12,4 mil.
Após perceber a fraude, o comerciante acionou a polícia e retornou ao local onde o barqueiro atuava. O homem, de 44 anos, foi localizado e conduzido à delegacia do Departamento de Segurança Turística (Desetur), no Paraguai. A Polícia Nacional paraguaia informou que ele deve responder por apropriação indébita e fraude. A vítima também forneceu à polícia o número do IMEI dos aparelhos, que poderá auxiliar nas investigações para rastrear os celulares.
Apesar de ter denunciado o golpe, o comprador também incorreu em crime de descaminho, previsto no artigo 334 do Código Penal Brasileiro, já que trouxe ao país mercadorias com valor acima de US$ 500 sem o devido pagamento de impostos. A prática, diferente do contrabando, refere-se a produtos que poderiam ser comercializados legalmente, mas entram de forma irregular, prejudicando a arrecadação federal. A pena pode variar de um a quatro anos de reclusão, além de multa, e as mercadorias apreendidas ficam sob posse da União.
A Receita Federal informou que não foi comunicada oficialmente sobre o caso.
Crédito da foto: Arquivo Pessoal – Fonte: g1