A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (17) uma operação contra fraudes em licenças ambientais no setor de mineração, com cumprimento de mandados de prisão e busca em Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Alagoas. Ao todo, 15 pessoas foram presas e duas estão foragidas.
Segundo as investigações, a organização criminosa utilizava empresas de fachada e laranjas para intermediar pagamentos ilícitos. A PF estima que mais de R$ 3 milhões em propinas tenham sido pagos a servidores públicos. Em uma das mensagens interceptadas, uma investigada pede ao filho que transfira R$ 7,5 mil: “Filho, se puder transfere a propina de R$ 7.500, por favor”. O valor teria sido destinado à liberação de uma autorização ambiental para um empreendimento minerário em Minas Gerais.
As mensagens obtidas pela investigação também mostraram a tentativa de ocultar a participação de servidores públicos e o uso indevido da própria estrutura policial em benefício do grupo criminoso. Documentos revelam ainda que os investigados tratavam da organização de arquivos digitais para projetos minerários e da negociação direta de licenças ambientais.
A Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 1,5 bilhão dos envolvidos. Até a última atualização, as defesas não haviam se manifestado.
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Fonte: g1 / TV Globo