Caso de criança morta e estuprada é encerrado sem apontar suspeito
Em agosto do ano passado, o caso voltou a repercutir após a mãe de Bianca, Márcia dos Santos Fonseca, apontar um novo suspeito para o crime. A mulher reconheceu a fotografia de Paulo Sérgio, de 50 anos, como o suposto assassino da filha. A identificação ocorreu por meio de um link de uma reportagem que
confirmava o homem como o assassino de Bárbara Victória, de 10 anos, que também havia saído para comprar pão em julho de 2022, em Ribeirão das Neves. Em circunstâncias parecidas com a de Victória, Bárbara também foi encontrada morta em um matagal próximo à casa da família.
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Na época, Márcia apontou que Paulo Sérgio havia trabalhado na casa da família de Bianca, prestando serviços como pedreiro, assim como trabalhou na casa de Bárbara antes do desaparecimento.
Apesar do reconhecimento feito pela mãe, a PCMG afirma que a morte de Paulo Sérgio impossibilitou a investigação do envolvimento dele no assassinato de Bianca. “A Polícia Civil informa que, no caso investigado em Santa Luzia, o laudo pericial para apontar o possível suspeito do crime foi inconclusivo. Além disso, a morte de um homem, investigado por outro crime semelhante, em Ribeirão das Neves, impossibilitou o seu depoimento em relação aos crimes cometidos contra a menina de 11 anos.”, o órgão apontou em nota.
Nota da Polícia Civil de Minas Gerais:
“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, neste mês, o inquérito policial que apurou o estupro e a morte de uma menina, de 11 anos, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Os crimes ocorreram em 2012 e, desde então, a PCMG realizou levantamentos para comprovar a autoria dos delitos, finalizando o procedimento com o pedido de arquivamento do caso.
Em 5 de maio de 2012, a família noticiou o desaparecimento da vítima, que foi localizada dois dias depois morta e com sinais de estrangulamento e violência sexual. Durante as investigações, conduzidas pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídios em Santa Luzia, foram ouvidas testemunhas e potenciais suspeitos indicados por familiares, contudo, não havia até aquele momento elementos suficientes para apontar um suspeito.
A Polícia Civil informa que, no caso investigado em Santa Luzia, o laudo pericial para apontar o possível suspeito do crime foi inconclusivo. Além disso, a morte de um homem, investigado por outro crime semelhante, em Ribeirão das Neves, impossibilitou o seu depoimento em relação aos crimes cometidos contra a menina de 11 anos.
Assim, pela impossibilidade de indicá-lo formalmente como autor do estupro e do homicídio, e considerando que todos os levantamentos investigativos foram levados a cabo, a Polícia Civil concluiu o inquérito policial com pedido à Justiça pelo arquivamento.”