A força do marketing político nas eleições de 2026

Por Dentro De Tudo:

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*Por Rodrigo Bueno, especialista em marketing político

As eleições de 2026 já começaram. Ainda que, oficialmente, as campanhas estejam a meses de distância. O jogo político contemporâneo não se limita mais ao período eleitoral; ele se desenha todos os dias, em cada publicação, discurso, entrevista ou silêncio estratégico. E é aí que o marketing político mostra sua verdadeira força: na construção contínua de uma narrativa coerente, humana e próxima do eleitor.

Nos últimos pleitos, vimos uma transformação profunda na forma como os candidatos se comunicam. Se antes o marketing eleitoral era centrado em jingles e programas de TV, hoje ele é uma engrenagem complexa que envolve dados, comportamento digital, reputação e, sobretudo, autenticidade. O eleitor quer mais do que promessas, ele quer se sentir representado.

A tecnologia ampliou o alcance e a velocidade das mensagens, mas também aumentou o nível de exigência. Um post mal interpretado pode custar votos; uma fala genuína pode conquistar milhares. O eleitor de 2026 está mais informado, mais conectado e, paradoxalmente, mais desconfiado. O papel do marketing político, portanto, não é apenas divulgar uma candidatura, mas gerar confiança e construir vínculos reais.

Por trás de uma boa campanha existe estratégia, análise e, principalmente, escuta. O candidato que entender que comunicação política é diálogo e não monólogo, estará um passo à frente. Isso significa investir em pesquisas qualitativas, compreender os anseios regionais, respeitar as diferenças e adaptar o discurso sem perder a essência.

Outro ponto fundamental será a integração entre o on-line e o off-line. As redes sociais são vitrines poderosas, mas o voto continua sendo conquistado no contato humano, na presença nos territórios e na coerência entre o que se diz e o que se faz. O marketing político eficiente será aquele que unir tecnologia e empatia, algoritmo e olhar humano.

Em 2026, vencerá quem souber contar uma boa história e vivê-la de verdade. Porque o marketing político não é maquiagem, é estratégia de construção de imagem baseada em propósito e consistência. E isso, mais do que qualquer slogan, é o que permanece depois do voto.

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