A pandemia de covid-19 causou mudanças consideráveis em diversas áreas da sociedade. Como exemplo, a pandemia mudou o mercado. Por conta disso, o empreendedor deve estar atento a essa mudança para aproveitar as novas oportunidades.
Acompanhando os impactos causados pela pandemia de covid-19, quase 600 mil empresas fecharam as portas. Os dados foram levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Segundo especialistas apurados pela Folham em momentos de crise, os negócios menores tendem a ser os mais prejudicados.
Como forma de sobreviver durante à fase mais restritiva, diversos empreendimentos tiveram que realizar adaptações. Mesmo que a pandemia já tenha promovido algumas mudanças, os reflexos tendem a ser percebidos no cenário pós-pandemia.
A pandemia mudou o mercado: Principais tendências e desafios
Entre as tendências e desafios provocados pela pandemia de covid-19, os principais, segundo o Surgiu, são:
- Maior foco nas estratégias online: por conta do período mais restritivo, muitas pessoas realizaram compras online. Diante disso, a existência da empresa na internet se torna necessário para melhorar as conversões de vendas. Nesse sentido, é importante contar com profissionais qualificados na área.
- Utilização de tecnologia e ferramentas para automação: o mercado passou a usar mais a tecnologia. Para o atendimento de clientes e investidores, os sistemas de integração foram utilizados. A pandemia também causou o aumento de contratação de profissionais para a manutenção da presença digital.
- Cultura do home office: como forma de preservar a saúde dos funcionários, as empresas passaram a adotar o trabalho remoto. Mesmo com o cenário futuro ainda incerto, há a possibilidade de que o retorno presencial seja flexibilizado durante a semana. O espaço físico também pode ser reduzido.
- Profissionais mais capacitados: em meio ao grande número de pessoas desempregados, o mercado tende a optar pelos candidatos mais qualificados. Assim, há a necessidade de manter os estudos e se atualizar.
- Networking mais ativo: para as estratégias de carreiras, há a tendência de construir e preservar uma boa rede de contatos na internet. É importante passar autoridade e credibilidade acerca dos assuntos relativos à respectiva área profissional
- Grande presença da diversidade nas empresas: ao implantar políticas de diversidade, tende a surgir um ambiente de trabalho mais acolhedor e respeitador das diferenças. Como consequência, a marca pode ganhar uma imagem mais positiva no mercado.
- Busca por profissionais freelancer e PJ: por conta da dificuldade de cumprir horários presenciais, muitos profissionais passaram a ver vantagens em trabalhar em casa. Profissionais no regime PJ também têm sido uma tendência.
Entre os negócios inovadores fortalecidos pela pandemia, conforme informado pelo D24am, estão o serviço de assinaturas eletrônicas, realização de projetos de engenharia online, plataforma de dentistas online, contratação de traduções juramentadas online, e a digitalização dos serviços de personal trainers.
Conforme dados da 8ª Pesquisa de Impacto da Pandemia de Covid-19 nos Pequenos Negócios, feita pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), empreendedores que adotaram práticas inovadoras nos negócios tiveram mais sucesso na melhoria do nível de faturamento da empresa.
O estudo aponta que um em cada quatro donos de pequenos negócios adotou alguma inovação desde o início da pandemia. No geral, todos os empreendimentos tiveram perdas no período de restrição. Contudo, as empresas que não inovaram tiveram uma queda ainda maior no faturamento.
Nesse estudo, 26% dos participantes informam que a superação da crise passa por inovação — aliada à reorganização do negócio e ao crédito para investimentos.
Pandemia também mudou os consumidores
Do mesmo modo que a pandemia causou mudanças às empresas, os consumidores também passaram por mudanças. Metade dos consumidores do mundo afirmou que a pandemia os fez rever por completo seu propósito de vida — e o que realmente é prioridade.
Segundo o levantamento Global Consumer Pulse (Pulso do Consumidor Global), essa alteração de paradigmas impacta as decisões de consumo.
À Folha, a diretora executiva da divisão Interactive da Accenture, Marina Pires, alega que qualidade e preço seguem sendo muito importante. Contudo, o consumidor reimaginado passou a considerar outros aspectos para decidir pela compra.
O levantamento aponta que os consumidores do Brasil estão valorizando mais o tendo o tempo com pessoas queridas. Com isso, a executiva destaca que as pessoas buscam conveniências — e as empresas devem estrar preparadas para isso.
Outro ponto citado foi o desejo do consumidor de que as marcas assumam um protagonismo social. Esse grupo de pessoas deseja que a empresa produza um impacto positivo na sociedade. A preocupação com a saúde também apresentou alta.
Fonte: Amanda Castro – Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
