‘Abdômen hostil’: entenda o quadro que complicou cirurgia de Bolsonaro

Por Dentro De Tudo:

Compartilhe

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de 12 horas para tratar uma obstrução intestinal causada por aderências no intestino. O médico Cláudio Birolini, responsável pelo procedimento, classificou o caso como um “abdômen hostil”, expressão usada por cirurgiões para descrever situações em que o abdômen apresenta cicatrizes, inflamações ou alterações anatômicas que tornam a cirurgia mais complexa e arriscada.

Essas alterações são comuns em pacientes com histórico de múltiplas cirurgias, como é o caso de Bolsonaro, que já passou por diversas intervenções após sofrer uma facada em 2018. As aderências intestinais formadas ao longo do tempo podem grudar partes do intestino, dificultando a passagem de fezes e gases — o que levou à chamada “suboclusão intestinal”.

Durante o procedimento, Bolsonaro também passou por uma laparotomia exploradora (abertura do abdômen para análise completa) e por uma reconstrução da parede abdominal, devido à presença de hérnias. Segundo Birolini, espera-se que essa tenha sido a última cirurgia, embora novas aderências ainda possam se formar.

Encontre uma reportagem