A proposta de implantação de uma Central Única de Regulação do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais gerou fortes críticas durante audiência pública realizada nesta terça-feira (4/11), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Com exceção do representante do Governo do Estado, os participantes — entre parlamentares, médicos e profissionais das centrais macrorregionais de regulação — se posicionaram contra a medida, argumentando que a criação da Core (Central de Regulação Estadual) contraria os princípios de descentralização, transparência e controle social que orientam o SUS.
O debate, promovido pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia a pedido do deputado Lucas Lasmar (Rede), discutiu os impactos da centralização na gestão do atendimento. Segundo os críticos, concentrar as decisões de regulação na capital pode prejudicar a autonomia das regionais e distanciar o processo das realidades locais de saúde.
Por outro lado, o subsecretário de Acesso a Serviço de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde, Renan Guimarães de Oliveira, defendeu a proposta, afirmando que o novo modelo — chamado SUSfácil 4.0 — busca modernizar o sistema de regulação, tornando-o mais ágil, eficiente e integrado entre as regiões.
Apesar das divergências, os participantes reforçaram a importância do diálogo entre Estado e municípios antes da implementação definitiva da central única, para garantir que o processo preserve os valores democráticos e participativos do SUS.


















