Em entrevista ao Terra do Mandu nesta quinta-feira (12/5), a advogada afirmou que a condenação abre uma janela de oportunidades para recursos, e os anos de reclusão que ela pegou foram divididos em dois, por crime civil, e sete anos e seis meses, por crime penal.
O que pode ajudar para que um perdão seja conseguido é o aniversário do rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, a ser comemorado no dia 28 de julho. Ele está no trono desde 2019 e costuma abrir exceções para alguns crimes durante as celebrações, segundo explicou a advogada.
“Todos os aniversários do Rei, que é 28 de julho, ele consegue para vários estrangeiros e também para penados ali do país, o que chamamos de perdão real. E nós estamos com certa expectativa neste momento que esse perdão se estenda também para a Mary Hellen”.
“O pedido do perdão real já está sendo confeccionado; nós começamos a trabalhar nele, trazendo elementos da Mary Hellen, e estaremos encaminhando para a Tailândia para tentarmos essa possibilidade a priori”.
Sobre o pedido de extradição, a advogada afirmou que será solicitado em caso da não concessão do perdão. Ela explicou que se trata de uma situação mais complexa, com necessidade de pelo menos se ter em mãos a sentença condenatória.
“O pedido de extradição é um pedido um pouco mais complexo do que o de perdão real, porém nós precisamos aguardar ter em mãos a sentença condenatória, que é esse documento que traz substâncias para que a defesa possa se alocar até mesmo nesse pedido de extradição”.
“Posterior a isso, podemos pensar nesse pedido de extradição, caso a pena seja reduzida, até porque essa pena de 9 anos e 6 meses é compatível com a legislação brasileira, onde a pena por tráfico de drogas vai de 5 anos até 15 anos, o que talvez facilitaria o nosso pedido de extradição”.
“A embaixada foi avisada ontem, 11/5, por telefone, sobre a audiência de Mary Hellen Coelho Silva perante a Corte de Samut Prakan, realizada no dia 8/5. O funcionário que informou a embaixada afirmou que a audiência foi agendada com um dia de antecedência, razão pela qual não teria sido possível alertar as partes interessadas antecipadamente”.