O Aeroporto Internacional de Confins integra agora uma das maiores transações aeroportuárias do mundo. A Motiva — novo nome da antiga CCR — confirmou a venda de 20 aeroportos, incluindo os terminais de Confins e da Pampulha, em um acordo que movimentou R$ 11,5 bilhões. O valor engloba R$ 5 bilhões em patrimônio e R$ 6,5 bilhões em dívidas líquidas.
Segundo a empresa, a operação faz parte de uma ampla estratégia de reorganização estrutural, com foco em simplificar operações, destravar valor e direcionar investimentos para rodovias e sistemas ferroviários. Apesar da venda, a Motiva continuará administrando os terminais até a conclusão formal da transação.
Por que Confins foi vendido
A companhia destacou que a negociação está alinhada ao plano estratégico de longo prazo, visando maior flexibilidade e crescimento sustentável. A venda contribui para reduzir complexidades operacionais e otimizar investimentos futuros.
A Motiva reforçou que não haverá mudanças imediatas para passageiros ou funcionários, que permanecem nas mesmas funções durante o período de transição.
Histórico de operações
Em 2021, a CCR comprou o Aeroporto da Pampulha por R$ 34 milhões. Já o Aeroporto de Confins havia sido arrematado em 2013 por R$ 1,82 bilhão, em consórcio com o Zurich Airport e a Infraero — empresas que seguem com participação societária após a venda.
A conclusão da transação ainda depende de aprovações governamentais no Brasil e no exterior, incluindo análises da Anac e de autoridades de defesa da concorrência.
Expectativa do governo e impactos no mercado
O Ministério de Portos e Aeroportos comemorou a chegada da nova operadora mexicana, ressaltando sua vasta experiência no México e no Caribe. O ministro Silvio Costa Filho classificou a negociação como “a maior transação aeroportuária em andamento no mundo”.
O governo também acredita que o acordo pode fortalecer o turismo, ampliar conexões aéreas e intensificar as relações comerciais com o México. O posicionamento favorável dos dois países no continente abre oportunidades para rotas expandidas para os Estados Unidos e outras regiões da América do Sul.
Entre janeiro e setembro de 2025, foram registrados 1.375 voos entre Brasil e México, transportando 253 mil passageiros — número superior ao de 2024.
20 aeroportos envolvidos na venda
A operação inclui os seguintes terminais:
– Afonso Pena (PR)
– Internacional Juan Santamaria (Costa Rica)
– Confins (MG)
– Curaçao (Caribe)
– Goiânia (GO)
– Pelotas (RS)
– Quito (Equador)
– São Luís (MA)
– Uruguaiana (RS)
– Pampulha (MG)
– Bacacheri (PR)
– Bagé (RS)
– Foz do Iguaçu (PR)
– Imperatriz (MA)
– Joinville (SC)
– Londrina (PR)
– Navegantes (SC)
– Palmas (TO)
– Petrolina (PE)
– Teresina (PI)
Conclusão: Confins e o futuro da aviação
A venda reforça o interesse internacional no setor aéreo brasileiro e posiciona Confins como peça estratégica para novas rotas e investimentos. A expectativa é que a transação impulsione melhorias operacionais, amplie o fluxo de passageiros e fortaleça a presença brasileira em redes globais de aviação.
Fonte da matéria: Portal Mercado — Diários Associados
Crédito da foto: Divulgação / Motiva (antiga CCR)

















