Alckmin: lei da reciprocidade será aplicada no devido tempo, mas foco é negociar

Por Dentro De Tudo:

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O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (1º) que o governo brasileiro pretende apostar primeiro no diálogo com os Estados Unidos para tentar reverter o tarifaço imposto por Washington a produtos nacionais.

Segundo Alckmin, a Lei da Reciprocidade Econômica, que prevê medidas em resposta a barreiras comerciais externas, é um instrumento importante, mas será usada apenas se as negociações não avançarem. “A lei da reciprocidade, uma belíssima lei, será aplicada no seu devido tempo, mas o que nós queremos é resolver através da negociação”, declarou em entrevista à CNN Brasil.

O vice-presidente anunciou ainda que uma portaria será publicada nesta terça-feira (2), suspendendo por um ano o pagamento de tributos no regime de drawback — mecanismo que desonera insumos utilizados na produção de bens exportados. Assim, as empresas poderão exportar para os Estados Unidos e para outros mercados sem arcar com impostos ou multas nesse período.

Alckmin também destacou a importância de manter boas relações tanto com os EUA quanto com a China. “A tarefa é nos aproximarmos dos dois, não é incompatível. A China é o maior comprador do Brasil, é o maior parceiro comercial. Os Estados Unidos são o maior investidor no Brasil. O que nós queremos é um ótimo relacionamento com a China”, afirmou, lembrando que há mais de 3.500 empresas norte-americanas instaladas no país.

O vice-presidente ainda fez um balanço positivo da viagem da comitiva brasileira ao México, ressaltando a afinidade entre as duas maiores economias da América Latina e destacando avanços em áreas como agronegócio, serviços e investimentos.

Por fim, comentou sobre a necessidade de regular as big techs, frisando que o tema é um debate internacional. “O mundo inteiro discute a regulação das empresas de tecnologia. Estão sendo estabelecidas regras mínimas para ter cuidado com o conjunto da sociedade”, afirmou.

Foto: AFP

Fonte: InfoMoney

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